Eu podia começar essa (talvez nem tão) pequena narrativa como Paulo Coelho começa "seus" Onze Minutos (tempo, por sinal, que o personagem desta levou para desistir do livro e decidir dá-lo), com "Era Uma Vez". Inclusive usando a mesma desculpa de que, mesmo não sendo um conto de fadas, a história começa com o personagem ainda criança, logo, a introdução é aceitável. Entretanto, vou me ater a contextualizar a narrativa, já que os fatos serão apresentados como se encaixarem melhor e não necessariamente por uma ordem de tempo-espaço.
Tudo levou cerca de 12 anos, começando na metade da década de 1990 e terminando pouco depois da metade da década de 2000, e se sucederam durante 3 anos em uma escola estadual, 3 em uma escola confessional católica, 1 na mesma escola estadual, 3 em uma rede luterana (já que foram um semestre em uma e 2,5 anos em outra escola, ambas da mesma rede de ensino) e outros 2 anos na mesma escola estadual. Vale lembrar que tudo contado aqui, como diz o Guri de Uruguaiana, são causos verdadeiros e que aconteceram de fato.
A história certamente não teria nada de interessante para se contar, já que o individuo em questão era um garoto mediano, comum: estatura média-baixa, levemente fora do peso, notas boas, pouco popular. Comum, claro, se não houvesse um pequeno agravante que nos remete ao título destes escritos. Para quem não sabe, um dos "estilos" da música erudita era composto para e tocado em ritos funerários católicos; o certamente mais popular destes réquiens é aquele que conhecemos pela alcunha de "Marcha Fúnebre". Um réquiem, ao ver do personagem, só é bonito quando com muitos violinos que, ao "chorarem", nos transmitem todo o sentido desse estilo musical: a dor da morte.
A grosso modo, a escola foi um inferno. Sempre há, acredita-se, alguém que serve de bode expiatório em alguma turma, e sempre há aquele que o serve em todas elas. Nosso guri, no caso, era o saco de lixo pancada de todas as turmas em que estudou... as vezes literalmente.
Só de pensar, ele é capaz de sentir as faces quentes de dois tapas, um em cada lado, que levara dentro da sala e durante uma aula. O (a) professor (a), falsamente escandalizado (a), ordenou que o aluno, repetente e mais de duas vezes maior que o menino, sentasse, proferiu um pequeno sermão e voltou-se à seu quadro, deixando o grandalhão com um grande sorriso satisfeito. Da mesma forma, lembra-se perfeitamente do que sentiu ao levar mais de dez socos no estômago, enquanto seu agressor lhe pressionava a garganta com o braço que lhe segurava. Rir junto da piada de alguém, junto com toda a turma, nunca foi uma experiência muito feliz.
Sempre o excluído, o ignorado, o rejeitado. Até hoje ele não consegue entender os verdadeiros motivos disso. Podem ser suas notas melhores que a média da turma, o fato de sua mãe ser professora na escola, ter sido enteado de um professor de outra, por ser pelo menos um ano mais novo que o resto da turma. Isso o fez focar-se na leitura e na escrita, frutos estes colhidos através de elogios (acredita-se que falsos) enaltecendo suas capacidades como escritor. A princípio, escrevia em versos, pois assim é mais fiel e mais fácil (para não falar em mais cômodo) expor sentimentos, já que a prosa exige uma certa estrutura que os próprios sentimentos não possuem.
Acaba conhecendo o RPG através de um colega, um dos poucos que lhe dirige a palavra, e se afeiçoando ao hobby, por sua proximidade com a literatura. O que acarreta em sua eterna tentativa de trabalhar com sistemas e cenários próprios, nada até hoje com qualquer resultado concreto, mantendo-lhe na eterna frustração proveniente da inexistência de oportunidades para quem realmente as precisa.
Mas, se tudo foi tão ruim, porque voltar, mesmo que de outro lado? Por dom. Sim, dom. Mesmo depois da rejeição total, das piadinhas constantes, da humilhação, da dor e do sofrimento, só mesmo tendo algum dom para manter o gosto forte pelos estudos que sempre teve. Da mesma forma, o desejo de ajudar os outros em qualquer coisa, e a ajuda sempre bem-sucedida aos colegas com dificuldade em alguma matéria sempre o fizeram manter-se firme nesse sonho.
Foi difícil ouvi-los chama-lo de coisas que não era, algumas vezes quase como uma imposição. Ele é isso, ele é aquilo, ele não joga nada, ele é um idiota, um imbecil. Lágrimas escorreriam de seu rosto sem traços de beleza se seu coração não ficasse tão apertado ao lembrar de detalhes dos quais não consegue, não sabe como passar para a escrita.
Nunca nem ao menos uma oportunidade de liderança, nem em trabalhos de 4 ou 6 pessoas, mesmo quando sempre era o que mais tinha idéias e opiniões para contribuir, mesmo depois de ser provado pela nota conferida ao trabalho que suas idéias, e não de fulano ou sicrano, estavam não certas, mas mais de acordo com o esperado pela professora. Nunca um reconhecimento, mesmo quando seu trabalho da feira era visivelmente superior (inclusive pela quantidade de votos), sempre havia uma forma de "mexer os pauzinhos" à favor de outrem. Mesmo com pilhas de folhas escritas com poesias elogiadas por duas ou três professoras de português e literatura, era o livro de outro que era publicado, exposto com trechos lidos e nenhuma venda (à exceção de parentes próximos).
Uma gagueira nervosa era motivo de chacota de alguns professores ao avisarem que o grupo do menino teria um tempo maior para poderem apresentar o trabalho na íntegra. E por vezes, quase era possível ouvir os violinos chorando, sempre que por sua cabeça passava a idéia de acabar com tudo, de dar à César o que é de César, de deixar então que a última piada de mal gosto pairasse para sempre na lápide em branco de alguém que cansara de ser capacho.
É por isso que ele afirma que só um dom poderia tê-lo feito continuar depois de tudo, sobrepondo limites que fizeram outros seguirem para a clareira no fim do caminho.
han han! u.u
ResponderExcluirbom, hmmm...
eu não sei o que dizer aqui!
sim... a faladeira não sabe o que falar! rsrs
vejamos...
vc conseguiu me emocionar, vc conseguiu me surpreender, vc conseguiu me dar esperança, e até mesmo força pra lutar por algo que mts vezes acho que não sou capaz!
De verdade Erik, vc escreve mt bem, vc sabe o qnt eu te amo (como amigo heeim Ledi! rsrs) e o qnt vc é especial pra mim, minhas manhãs e tardes nunca são as mesmas qnd vc não está ali cmg, seja me acalmando por eu ter brigado com o narinha, ou seja me fazendo rir, com suas ideias, girias e piadas! vc é especial menino e sabe disso!
enfim... pra quem nao sabia o que dizer, eu realmente me superei! :P
e outra coisa, se vc excluir isso aqui, já sabe, tá comprando briga cmg!!! ¬¬'
UIAHSIUASHAUISHASIUHASIUHAIUSHAS'
Beijos AMIGO! *u*
HASTA! o/\o
Pow... gostei da maneira que voce escreve, me embolei um pouco no inicio com aqueles monte de números (sou ótimo em literatura, mas péssimo em matemática =D), mas no decorrer da história fui me encontrando =D... como disse a Mahy, você escreve muito bem.... Parabéns... e estou com um pouquinho de ciumes porque para mim a Mahy não faz toda essa declaração de amizade...snif ='(... Enfim, muito legal seu blog... Parabéns!!!
ResponderExcluirHUGS =D!!!
Ciúmes pq? Ela vive pagando pau pra ti quando a gente se fala pelo msn...
ResponderExcluirEla só escreve tudo assim nos posts pq não quer que eu delete o blog já que ninguém (quase) segue...
UASHuahsuahsuahsuas
Faz igual eu, criei promos... que pocará de seguidores... hehe... além de conseguir amigos tbm =D!!!! Mas naum delete naum, tah muito bom, vou colocar seu link lá no meu, ok... HUGS =D!!!
ResponderExcluirPromos? Eu não tenho $$ nem pra comprar livros pra mim, vou comprar pra dar pros outros?
ResponderExcluirHAUSHAaushaushauhsuas
Dos mais egoístas e avarentos... AUhsuahsuahsuaus
AI MEU JESUS!!!!!!!!! O.O
ResponderExcluirNÃO ACREDITO!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ESTÃO DE SACANAGEM CMG NÉ?!
JÁ DISSE AMO OS DOIS! OS DOIS SÃO OTIMOS ESCRITOS, EXCELENTES AMIGOS! VCS SAO DEMAIS, PARA COM ESSES CIUMES BOBOS DE VCS! HUNF U.U
ASHIUASHAIUSHAISUHAISHAISHAISHAISHUAIHAISH'
BEIJOS E HASTA! O/
POHA!
ResponderExcluirQue coisa louca isso :|
Esses papos fragmentados em mais de um blog, via coments... que nó estamos dando... :|
SUIHAIUSHAIUSHSIUHA' assim que é bom... papo pelo blog, aumenta a popularidade! :P
ResponderExcluirAIUSHAIUSHAISUHAISHAUSHAISU'
não é sério, falando sério agr... nossa gente, vcs são demais! amo demais vcs!! *u* que bom ter um blog! vou fazer uma campanha... "É BOM TER BLOG!"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
BEIJOS HASTA LA PROXIMA!
Morrendo de rir... vcs dos são umas figuras =D!!! Não me divertia assim há tempos =D!!!
ResponderExcluirbrigada jooooe... vc é um fofo tbm!! rsrs
ResponderExcluirte adoramos, pode ter certeza!! ^^
beijooes! ;*